Em meio às adversidades do mercado, para que uma empresa se destaque no seu setor, devem ser tomadas decisões embasadas em dados. Dentro desse escopo, a análise setorial é uma metodologia que auxilia na compreensão do mercado e do próprio empreendimento. Um fato que demonstra a importância da análise setorial é que em meio aos diversos problemas decorrentes da pandemia, muitos empreendimentos souberam analisar o setor em que estavam inseridos e se adaptaram para o digital o que refletiu no aumento de 30% no faturamento no meio da pandemia, como é o caso da Nutrindo Ideias. 

Por meio da análise setorial é possível entender o contexto econômico em que a empresa está inserida e  entender as suas fraquezas e identificar oportunidades. As informações coletadas permitem a análise de fatores de risco e possibilidades de investimento dentro de um setor. Desta forma, a empresa consegue utilizar as informações coletadas do mercado com questões internas, para assim tomar as melhores decisões. Como dito anteriormente, em meio a pandemia muitas empresas aderiram ao modelo de e-commerce – comércio online – por ser um modelo que muitas desconheciam, a análise setorial se demonstrou uma influente metodologia  para essas resoluções.

Quando é utilizada?

A análise setorial tem uma abordagem ampla, envolvendo a coleta e análise de diferentes fatores e pontos de vista. Por isso, pode ser aplicada tanto em  novos negócios, para entender o nicho no qual a empresa vai atuar e as suas peculiaridades, como em negócios já estabelecidos, que querem iniciar um novo projeto. Além disso, essa ferramenta pode ser utilizada para entender a persona (cliente ideal) do seu negócio e as ameaças e oportunidades do mercado.

Como é feita?

Como citado anteriormente, a análise setorial expressa informações a partir do uso de outras ferramentas que são utilizadas em diferentes fases. Veja a seguir 3 exemplos 👇🏼

Análise Macro do Mercado

Antes de entender questões mais específicas sobre a concorrência e o seu próprio negócio, é necessário entender o mercado em que você e seus concorrentes estão inseridos. Desta forma, você terá uma base melhor estruturada para fazer uma análise mais profunda dos dados que vão ser coletados posteriormente. Uma metodologia comum de ser utilizada para desenvolver esse estudo é a análise PEST.

A análise PEST (ou PESTEL) é um modelo de análise que proporciona uma visão macro da empresa, permitindo ao gestor entender como fatores externos influenciam nas operações da sua empresa, e é constituída de 4 fatores:

• Políticos (P): Políticas governamentais, eleições e tendências políticas, mudança do governo, políticas de negociação, guerras, problemas políticos internos, relações entre países etc. São fatores intrínsecos a política do país.
• Econômicos (E): Economia local, tributação, inflação, juros, taxas de câmbio internacionais, comércio internacional etc. 
• Sociais (S): Taxa de crescimento, mudanças de gerações, tendências de estilo de vida, tabus culturais, atitudes e opiniões dos consumidores, problemas éticos, padrões de compra do consumidor etc.
• Tecnológicos (T): Tecnologias emergentes, maturidade da tecnologia, legislação tecnológica, pesquisa e inovação, informações e comunicações etc.

Com a coleta dos fatores, os gestores analisam esses dados para encontrar oportunidades e ameaças, que vão ser utilizadas posteriormente. 

5 Forças de Porter

Agora que o gestor possui informações macro do setor é possível passar para a segunda fase, que tem como objetivo entender o mercado no qual a empresa está inserida. E para isso, ele pode utilizar as 5 forças de Porter, que proporcionam uma visão ampla sobre concorrentes, tendências de mercado e investimentos que devem ser alocados para o sucesso da empresa. Como o próprio nome diz, as 5 forças de Porter se dão em 5 fatores, sendo eles:

– Rivalidade entre concorrentes:

Nessa fase, são coletadas informações sobre a concorrência da sua marca, como as estratégias de mercado utilizadas pelos seus concorrentes. Com isso, os gestores terão dados para definir o planejamento estratégico mais eficiente. Além disso, com as informações coletadas é possível identificar pontos de melhoria nos processos, produtos e serviços da sua empresa.

– Ameaça de produtos substitutos

Em um mercado competitivo como o atual, produtos parecidos são ofertados por empresas diferentes. Por isso, é interessante fazer uma análise dos produtos dos concorrentes. Nessa análise deve-se entender: 

A classe dos bens: Se são bens normais, cuja a demanda do produto varia de acordo com a renda do consumidor; bens inferiores, que variam inversamente a renda dos consumidores; Já os bens superiores variam de acordo com o aumento da renda do consumidor; Por fim, os bens de consumo saciado, que não são influenciados pela renda do consumidor;

Tipo do produto em relação ao seu: Além das variáveis citadas acima, é necessária uma análise do produto frente ao seu, para entender se aquele produto que a concorrência oferece é um bem substituto, ou seja, um produto que pode substituir o seu. Ou ainda um bem complementar, ou seja, um produto que complemente o seu.

– Ameaça de novos concorrentes

O mercado brasileiro está em crescimento constante para diferentes setores. Por isso, podem surgir novos concorrentes no setor em que o seu negócio está inserido a qualquer momento. Pensando nisso, é necessário que o gestor tenha em mente esse fato e realize ações para evitar que a sua empresa seja impactada negativamente. Uma dessas ações é a condição sine qua non (criação de barreiras), para impedir que novos concorrentes apareçam e impeçam o crescimento do seu negócio, seja por meio de inovações, criação de novos produtos, proposta de valor etc.

– Poder de negociação dos clientes

Como dito no segundo ponto (Ameaça de produtos substitutos), o gestor deve entender o seu tipo de produto ou serviço e quem é o seu cliente. Pois, dependendo do tipo de produto ou serviço da empresa, ele pode ser afetado pela renda do cliente. Não sabe quem é o seu público alvo?  clique aqui 

– Poder de negociação dos fornecedores

Não é surpresa que os fornecedores exercem uma grande influência sobre os empreendimentos, pensando nisso, o gestor deve entender a capacidade de negociação e de prazos dos seus fornecedores e buscar alternativas para não ser dependente de alguns deles.

Olhando para a sua empresa

Com o trabalho feito na primeira e segunda fase, o gestor já possui dados suficientes para entender as questões externas e internas que afetam a sua empresa, e que podem ser analisados para identificar as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças do seu negócio.  Nesse sentido, uma metodologia muito utilizada para identificar esses quatro fatores é a análise SWOT. Aqui está um template sobre a swot que pode te ajudar.  

Conclusão

Concluindo, entendendo melhor a análise setorial, é possível entender a sua importância para qualquer negócio. Afinal, por ser uma ferramenta ampla, que aborda diversos fatores que impactam a empresa, permite que a sua equipe de marketing coordene as melhores estratégias para o seu negócio com base nos dados obtidos. Isso aumenta a eficiência do trabalho, ajudando a empresa a chegar no cliente com menos esforços, por exemplo.

Além disso, os benefícios da análise setorial não se aplica só ao marketing, mas ao negócio como um todo, uma vez que o gestor consegue avaliar fatores externos – coletados com na análise PEST e nas 5 Forças de Porter – e internos – coletados nas 5 Forças de Porter e análise SWOT- e identificar ameaças e oportunidades. E pelo fato de as decisões serem mais embasadas, a empresa tem menos chances de ter gastos com erros comuns na rotina de trabalho, decorrentes da falta de estratégias.

Por fim, ficou com alguma dúvida?  Nós da JR Consultoria queremos te ajudar a construir a sua análise setorial e alavancar seu negócio tomando as melhores decisões ,  clique aqui e converse com um de nossos consultores!