Como Planejar e Gerir um Fluxo de Caixa 

Fluxo de Caixa é uma ferramenta fundamental de controle financeiro de uma empresa ou de gestão das finanças pessoais, que pode trazer inúmeros benefícios, como permitir identificar o destino do dinheiro que entra no seu caixa e, a partir disso, direcionar os seus investimentos de forma mais assertiva. 

O principal objetivo de ter um fluxo de caixa bem estruturado é proporcionar uma visão clara e atualizada da movimentação financeira. Dessa maneira, você consegue entender de onde vem o dinheiro e para onde ele vai ser destinado. As decisões estratégicas serão tomadas a partir desse artifício. 

Você não quer que o futuro da sua empresa seja comprometido, né? Por isso, é importante saber como planejar e gerir seu fluxo de caixa. Em momentos de crise, principalmente, ter o controle de fluxo de caixa efetivo é essencial.

Planejando um fluxo de caixa

O fluxo de caixa precisa de um planejamento que envolve várias etapas extremamente importantes para que as suas finanças sejam monitoradas de maneira eficaz e que você tenha uma visão clara das entradas e saídas de dinheiro. Dessa maneira, você consegue fazer uma redução de custos e manter o equilíbrio de entradas e saídas da sua empresa. Agora vou te mostrar os principais passos para você realizar o planejamento do seu fluxo de caixa:

1. Estabeleça um período de tempo: você precisa determinar o tempo para o qual você vai estar realizando o planejamento do fluxo de caixa. Existem quatro maneiras que você pode organizar, mensal, trimestral, semestral ou anual, tudo vai depender da sua necessidade e da frequência das suas transações financeiras.

2. Preveja suas entradas de dinheiro: é extremamente importante que você tenha listado todas as fontes de receita esperadas durante o período escolhido. Pode ser incluído vendas de produtos ou serviços, recebimento de pagamentos de clientes, rendimentos de investimentos, empréstimos recebidos, entre outros.

3. Estime suas saídas de dinheiro: ter a lista de despesas e pagamentos também é muito importante para o planejamento do seu fluxo de caixa. Analise esses fatores no período predeterminado antes. Entre o que pode ser incluído estão salários e benefícios para funcionários, aluguel, contas de fornecedores, impostos, despesas operacionais, investimentos planejados, pagamentos de empréstimos, entre outros.

4. Calcule o saldo inicial: é crucial saber qual é o caixa disponível no início do período considerado. Esse cálculo é feito a partir do fechamento do fluxo de caixa do período anterior.

5. Elabore o fluxo de caixa projetado: usando a previsão de entradas e saídas, é possível construir o fluxo de caixa projetado para o período que você escolheu. Normalmente, é feito em forma de planilha ou fazendo uso de softwares específicos de gestão financeira.

6. Analise e ajuste conforme necessário: sempre revise o fluxo projetado, é dessa maneira que você vai identificar possíveis problemas de liquidez ou excesso de caixa. Quando necessário, faça ajustes para refletir uma estimativa mais precisa da situação financeira futura.

7. Monitore e compare com o realizado: a monitoração do fluxo de caixa real é uma etapa crucial para fazer a comparação com o que foi planejado. Dessa maneira, ajustes contínuos poderão ser realizados, fazendo a identificação de desvios para tomar ações corretivas, se necessário.

Gerindo o fluxo de caixa

O fluxo de caixa é considerado uma das ferramentas mais simples de gerir os processos financeiros, visando não só o cálculo das entradas mas também das saídas.

Para entender a situação econômica da sua empresa, entenda o fluxo do seguinte modo: caso entre mais dinheiro do que sai, o fluxo de caixa é positivo e, se sai mais dinheiro do que entra, o fluxo de caixa é negativo. Agora vou te contar alguns passos essenciais para gerir seu fluxo de caixa de maneira eficaz:

1. Monitoramento diário e semanal: manter seus registros atualizados de todas as transações financeiras, como, por exemplo, vendas, recebimentos de clientes, pagamentos a fornecedores, despesas operacionais e pagamento de empréstimos.

2. Previsão de receitas e despesas: plano financeiro que detalhe e projete suas receitas esperadas e despesas ao longo do período que você decidiu. Dessa maneira, você terá uma visão clara das entradas e saídas de dinheiro.

3. Gerenciamento de pagamentos e recebimentos: você consegue negociar prazos mais favoráveis com fornecedores para estender o período antes de pagar contas, enquanto mantém relacionamentos saudáveis.

4. Avaliação de ajustes contínuos: sempre revise seu fluxo de caixa regularmente para identificar padrões, tendências e áreas onde você pode melhorar. Se você julgar necessário, ajuste suas políticas de crédito, despesas operacionais ou estratégias de recebimento para melhorar o fluxo de caixa.

Porém, antes de mais nada, é feito uma separação de todos os dados financeiros da empresa, podendo ser em forma de extratos ou boletos bancários. Após obter esses dados, é feito um levantamento para separar as contas de acordo com entradas ou saídas.

Na imagem abaixo, tem-se um exemplo de uma planilha de fluxo de caixa diário feita no Excel, podendo obter também o fluxo de caixa mensal e anual.

Por exemplo, vamos supor que você possui uma empresa no ramo de confeitaria e no mês de agosto você recebeu R$8.000, sendo R$5.500 via transferência bancárias e R$2.500 recebimento via cartão de crédito.

Desses recebimentos, você retiraria os impostos, a aplicação feita em algum investimento, e os gastos de despesas com taxa de maquininha, gasolina pelas entregas, conta de luz e água, e o pró-labore.

 

Dessa forma, fica claro que outras despesas podem surgir dependendo do seu negócio. Na simulação acima o fluxo de caixa foi positivo, visto que o valor das entradas é maior do que o valor das saídas.

Um fluxo de caixa eficiente ajudará você a ter as despesas e investimentos futuros melhores planejados, é dessa forma que é possível ter uma visão clara das entradas e saídas de dinheiro ao longo do tempo. Tendo essa visão clara, você consegue tomar decisões mais assertivas sobre expansão, contratações e investimentos em equipamentos, por exemplo. Dessa maneira, a empresa garante uma base sólida para o crescimento sustentável e se torna adaptável às mudanças econômicas e de mercado.

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