O quê é estudo de viabilidade em uma frase?
Análise de viabilidade: É um estudo que analisa se um investimento será lucrativo ou não.
Por que fazer um estudo de viabilidade?
Primeiramente, a sua importância é tão crucial, que para todos os negócios que surgem é feito um estudo de viabilidade.
Antes que o empreendedor pense em abrir um negócio, ele já começa a projetar sua viabilidade, nem que seja de forma superficial.
No entanto, aí que mora o perigo de não se colocar o tempo e esforço necessário para essa questão. Quando se inicia uma operação sem uma pesquisa de mercado e, como garantia da viabilidade financeira, ter somente algumas contas superficiais sobre suas possíveis entradas e receitas, você está dando maior chance para o fracasso.
Decerto uma pesquisa bem feita dá segurança e esclarece dúvidas, similar a base de um edifício que sustentará toda construção.
Como fazer tal pesquisa de viabilidade.
Uma pesquisa de viabilidade bem feita se sustenta em 4 pilares.
1.Projeção de receitas.
2.Projeção de custos,despesas e investimentos.
3.Projeção dos fluxos de caixa.
4.Análise de Indicadores.
*Vale ressaltar que para ter números confiáveis nessas projeções é necessária uma pesquisa de mercado, que cubra áreas como: preferências dos clientes, quantidade demandada e pontos comerciais, além de realizar uma análise SWOT.
Por isso recomendamos fortemente a leitura do e-book: Pesquisa de mercado “o guia para a tomada de decisões”.
Agora vamos lá para a explicação de cada um desses pilares.
1. Projeção de receitas
Esta fase é realizada para identificar a capacidade do negócio de gerar dinheiro para o investidor e compará-lo frente a outros investimentos, como por exemplo, o tesouro direto.
Assim sendo, ao realizar esses cálculos, o investidor saberá quanto realmente ganhará a mais sobre outros investimentos.
A projeção de receitas é em suma o “quando” e “quanto” o vendedor irá receber por suas vendas e o desenvolvimento destas ao longo do tempo.
*É recomendado começar com previsões realistas/modestas ou em certos casos realizar projeções para diversos tipos de cenário (negativo, realista e otimista).
2. Projeção de custos,despesas e investimentos
A principal premissa para esta fase é a de que devem existir custos, despesas e investimentos que justifiquem a projeção de receitas.
Sendo assim, a organização deve projetar todos os gastos de produção para abater tal valor sobre suas receitas e assim projetar o lucro esperado.
Ou seja, receitas e gastos de produção estão relacionados, e os dois devem ser projetados com o mesmo padrão de realidade.
A separação dos gastos é fundamental porque, com esses dados, a empresa pode descobrir gargalos como, por exemplo:
- Se o trigo no processo de produção do pão está com um preço elevado, o custo sofreu aumento.
- Se o aluguel do ponto comercial da padaria aumentou, foi a despesa que subiu.
- No caso da compra de um forno que consuma menos gás esse gasto será tratado como um investimento, por trazer ganhos futuramente.
Erros comuns são:
- Não projetar reinvestimentos, considerando somente o capital de abertura do negócio.
- Uma visão otimista dos gastos.
- Não projetar planos para diversos cenários tanto crises quanto momentos de alta.
Com planejamento, o empresário cria um mindset de resiliência, com planos adaptáveis para mudanças que possam vir a ocorrer.
3. Projeção dos fluxos de caixa
Fluxo de caixa é a dinâmica do dinheiro que entra e sai da empresa todos os dias.
Sob o mesmo ponto de vista, a projeção de fluxo de caixa é uma estimativa futura sobre essa dinâmica.
Desse modo, ela se baseia em projeções futuras sobre entradas e saídas de dinheiro para prever as finanças da empresa.
De tal forma que essas previsões se tornam um auxílio essencial para o gestor tomar decisões sobre o negócio.
Nele existem 3 fases a serem estimadas:
- As vendas
- O tempo de recebimento de pagamentos
- Os gastos
Após possuir todos os dados, é hora de subtrair todos os gastos das receitas e finalmente ter sua projeção dos fluxos de caixa em mãos.
4. Análise de indicadores
1.Taxa mínima de atratividade – TMA
A taxa mínima de atratividade (TMA) representa o mínimo que um investidor pode receber para um investimento ser considerado viável economicamente ou o máximo que pode pagar em um financiamento para este ser considerado vantajoso.
A (TMA) é composta por 3 sub-indicadores:
- Custo de oportunidade: O custo que temos de investir em algo ao invés de outros investimentos possíveis, ou seja, é o custo da renúncia por optar entre um investimento dentre vários. Ou a diferença entre o lucro que você terá com o seu investimento ou outro qualquer.
Por exemplo: Você tem R$ 20.000,00 para investir e duas opções de investimento, sendo que ambas necessitam de R$ 18.000,00 para começar as operações.
Uma trará um retorno de 12% ao ano e outra um retorno de 18% ao ano.
Assim sendo, subtraindo a diferença entre elas notamos que a segunda é a melhor opção e trará um retorno de 6% superior à primeira, portanto a segunda opção tem um melhor custo de oportunidade.
- Risco de negócio: É o conjunto de riscos, alguns sendo favoráveis, por exemplo oportunidades de expansão, outros desfavoráveis, por exemplo chances de grandes empresas dominarem seu mercado.
- Prêmio pela liquidez: É a facilidade de resgate do capital investido, por exemplo, é mais fácil resgatar o dinheiro investido em títulos públicos do que na operação de compra e venda de um imóvel.
A (TMA) é definida levando em conta a fonte do capital e a margem de lucro esperada.
Normalmente a taxa SELIC é usada como parâmetro.
2. Payback
Payback é o tempo que um projeto levará para gerar retorno sobre o investimento.
Ou seja, em quanto tempo o investimento gerará um lucro acumulado ao decorrer dos meses tendo um valor que iguala o capital investido inicialmente.
Exemplo: Investi R$ 100.000,00 em um quiosque, ele me dará R$ 5.000,00 de lucro por mês, fazendo os cálculos concluo que o payback (simples) será de 20 meses.
Conclusão:
Em conclusão, podemos afirmar que após todos os processos e projeções serem realizadas, o estudo de viabilidade dará ao investidor um maior domínio sobre as variáveis que podem fazer seu investimento dar certo ou não.
Sendo assim, conclui-se que o investidor tem muito mais confiança para tomar decisões sobre seu investimento e aumenta suas chances de sucesso ao minimizar o risco de investir em um negócio que aparentemente daria certo, porém, na realidade não se mostra rentável, simplesmente por não contar com todas as informações necessárias.
Espero que o artigo tenha lhe ajudado, comente abaixo o que achou ou para possíveis dúvidas entre em contato com um de nossos consultores da JR Consultoria.
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